segunda-feira, 25 de julho de 2011

O que o funcionário quer

Com certeza sabemos que as pessoas são muito difíceis de contentar-se com algo. Dessa forma, as empresas, principalmente as pequenas e médias, tendem a sofrer mais, justamente por não conseguirem satisfazer os desejos e/ou expectativas dos seus funcionários, sobre tudo aqueles considerados mais inteligentes e talentosos.
Por isso, que perder bons funcionários está entre as grandes preocupações da maioria dos empresários, que, em contra partida, tem medo de investir nesses colaboradores e perdê-los para os concorrentes por salários que nem sempre é possível cobrir. Infeliz engano. É claro que é preciso preocupar-se com esse tipo de situação, contudo, não se deve esquecer que é imprescindível para as empresas atrair, manter e motivar esses colaboradores.
Mas fica a pergunta. Como fazer isso? De antemão, posso adiantar que não é uma tarefa das mais fáceis, todavia, não é impossível.
Primeiro, é preciso que as empresas façam uma pesquisa para saber se a remuneração paga a esses colaboradores está dentro da média do mercado.
Segundo, faça uma pesquisa interna para saber o que esses colaboradores mais prezam na empresa, o que fariam eles deixarem de trabalhar nela e o que os deixam satisfeitos para trabalhar nessa organização.
Partindo desses dois pontos fica mais fácil ter argumentos para manter esses colaboradores na empresa, reforçando os benefícios que os colaboradores citem na pesquisa como diferenciais da organização.
Uma boa notícia para as empresas é que uma pesquisa realizada pelos professores Rob Goffe e Gareth Jones, da London Business School e publicada no livro Clever, mostra que dinheiro não é tudo para a maioria dos colaboradores, principalmente aqueles mais talentosos e inteligentes, onde o ambiente, as pessoas, os benefícios como flexibilidade de horário e menos cobranças são tidos como diferenciais para mantê-los motivados e retê-los na empresa. Ou seja, o estilo de trabalho da empresa pode ser mais determinante que qualquer outra coisa.
A pesquisa também revelou que gente inteligente não consegue conviver por muito tempo com chefes que ficam impondo ordens sem explicar as razões, que usam e abusam da autoridade como forma de persuasão e cobram execuções das tarefas em seus detalhes em vez de olhar para o resultado final. Ou seja, se você é líder de alguém com esse perfil profissional, evite cobranças exageradas em cima de pequenas tarefas, determine prazos, deixe o colaborador a vontade para elaborar sua maneira de trabalhar, acompanhe o andamento e concentre suas forças no trabalho final a ser entregue pelo colaborador.
A tabela a seguir ilustra o que dá certo e o que não dá certo para manter os talentos da sua organização.
FUNCIONA
NÃO FUNCIONA
Ser persuasivo
Dar ordens sem explicar os motivos
Dar explicações esclarecedoras sobre a estratégia da empresa
Recorrer à estrutura hierárquica como argumento
Deixar claro o objetivo do trabalho
Descrever como fazer o trabalho
Reconhecer resultados assim que forem atingidos
Pedir satisfação a cada etapa do trabalho
Lançar desafios
Impor tarefas burocráticas
Permitir horários flexíveis
Estipular horários
Fonte: Exame PME, julho 2010

5 comentários:

  1. Legal, Eder isso é justamente fruto da geração Y que muda de idéia a todo momento e se não está satisfeito acaba saindo sem pesar os prós e contras. Vivemos isso diariamente em nossos trabalhos, principalmente quem lidera equipe. Como satisfaze-lo sem a todo momento fazer a vontade deles? Como atingir as expectativas da empresa e do colaborador sem desagradar nem a um nem a outro?

    São perguntas que devem ser respondidas por nós em todo o momento.

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  2. Oi Heleni!! Obrigado por participar.

    você entendeu bem, nada mais é do que a geração y em "ação" e não é fácil lidar com eles. Mas quando a própria empresa tem consciência de que com esses colaboradores não adianta simplesmente pagar um salário, pois eles estão em busca de muito mais, fica mais fácil para líderes, coordenadores e gerentes trabalhar e ter argumentos para mantê-los nas organizações. Mas repito, é preciso que essa consciência venha de cima, do alto escalão como, diretores, proprietários, etc.

    Obrigado e continue participando!!

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  3. Muito bom Eder!LIDERAR É MUITO COMPLEXO..E AS SUAS INFORMAÇÕES AJUDAM MUITO...CONTINUE...
    RILKA

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  4. Obrigado Rilka!! de fato sabemos que liderar não é nada fácil. Mas com as "armas" certas pode-se alcançar ótimos resultados, mesmo com as equipes mais complexas.

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  5. Parabéns pela inciativa Eder!!

    Para refletir:

    Quando a empresa fazia o "FUNCIONA" e passa a fazer o que "NÃO FUNCIONA", como reverter este quadro?
    Provavelmente a empresa está precisando de um setor de RH, pense nisso!

    Pollyana Chyarelli
    http://twitter.com/@pollychyarelli

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